28 de maio de 2009

Ensaio fotográfico expressionista.



Espaço Fotografado:  Rua Augusta.

Conceito: Mostrar a contradição que está presente na tristeza da realidade pela qual essas mulheres passam e a beleza da rua com seus letreiros chamativos, que disfarçam a expressão de dor em suas faces.

Intertextualidade: Os pintores expressionistas costumavam retratar  a realidade de dor, sofrimento e angústia dessas mulheres que não têm escolha.

Fotografamos apenas os lugares, além da realidade vivida pelas mulheres ser triste, não queremos mostrá-las como objetos, elas são parte do lugar mas isto todos sabem portanto cada um é capaz de contruir a imagem mental sem que seja necessário expor as mulheres.


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Madrugada.


Cores, luzes, vermelho

O triste belo paladar

Que adoça seu olhar

e amarga sua alma

O escuro prazer

De um denso ar

Que acaricia com carinho

As ruas da cidade. FOGO!

Cores, luzes, vermelho

E a criança chora ao lado

Lágrimas de um horror

Lágrimas de um bem amado

O grito pelo espaço

Aquele que ninguém ouve

Aquele que se mistura

Com o suspiro desesperado

A cidade se entristece

O sol está para nascer

E o grito de uma vida

Vira a dor de um prazer

Cores, luzes, vermelho

Por quê?


19 de abril de 2009


Trabalho do JOCA - Teoria da comunicação II 
Análise semiótica dos filmes de Darren Aronofsky

Repertório: Ou você tem... ou vc não tem! Para quem não tem, eu explico o que é isso que você vai ver!

Esse é o famoso e dificíl trabalho do Joca... Nosso dever era criar capas de DVD para os filmes Fonte da vida PI  de Darren Aronofsky sendo Fonte da vida em primeiridade(sensação pura, sem racionalização ou reconhecimento de qualquer imagem) e PI em secundidade (situação de conflito).


Essa é minha criação para fonte da vida, e ela é assim mesmo como você está vendo... TRANSPARENTE, foi impresso em uma transparência por dois motivos: a sensação pura, e por que fonte da vida na minha opinião é qualquer coisa que mova a sua vida, qualquer motivo que te prenda nesse mundo cruel lutando pra sobreviver, portanto a razão da vida de cada um, e sendo uma imagem transparente você pode colocar a imagem que represente a SUA fonte da vida!

 
sinopse:

 

A afirmação da força vital da criação se opõe a realidade mesquinha e fria da morte.

O tempo se mostra uma invenção humana desnecessária quando o amor se torna atemporal. Encontros curiosos desafiam as limitações de tempo e espaço em nome do fluxo poético, causando impacto, nos fazendo mensurar o valor que damos a cada busca que fazemos em nossa vida.


Em pi, minha criação se baseia no conflito entre homem emoção e homem razão. o eterno conflito entre os sentimentos e a razão, na minha criação, Max (matemático que escolhe a razão pura para tentar descobrir porque o PI vale 3,14) abdica das sensações e aceita deixar de ser humano para viver na pura racionalidade como uma máquina.

sinopse:

 

"Não é difícil imaginar que as máquinas podem aprender a pensar como os homens, mas é assustador que os homens possam aprender a pensar como as máquinas."

 

É intrigante pensar que o cérebro humano se aproxima de uma máquina quando forçado a isto, podemos ficar tentados a forçar nossos limites e ir além, conhecer a fundo as ciências, artes, ou mesmo a natureza. PI  mostra o que pode acontecer se decidirmos levar a fundo o desejo de testar nosso cérebro. Mais do que a ciência, a razão ou mesmo a incessante busca por algo, abdicar das sensações e atrever-se a viver uma vida com ausência de sentimentos pode ter  consequências severas.

Texto em terceiridade comparando os filmes:

Buscas incessantes

  Ao assistir os filmes de Darren Aronofsky somos forçados a rever alguns conceitos, temos nossa percepção gravemente ferida pelo conteúdo e pela cinemática do autor que consegue nos colocar no lugar do personagem, trazendo para o espectador as emoções sentidas no contexto dos filmes.

  É possível  dizer que a característica marcante de Aronofsky é manter uma constante ligação entre seus filmes, aparentemente ele tem um padrão a ser seguido, ligando um filme a outro como uma espiral infinita, isso é exemplificado claramente por Max em PI, que literalmente vê espirais e procura nelas relações com padrões existentes na natureza, em fonte da vida o mesmo acontece, a espiral ocorre nas incontáveis tentativas de encontrar a cura.

  Ambos os filmes mostram seus personagens buscando respostas, desde o mais simples como as contas de matemática da garotinha em PI até mesmo a busca pela fonte da vida, que é em certo momento caracterizada como a cura para o câncer e então o poder de evitar a morte, mas que na realidade pode ser qualquer coisa que mova a sua vida, a fonte da vida pode ser entendida pela busca incessante de cada um por aquilo que o fará atingir o estágio sublime de paz interior caracterizado como nirvana, ou seja, a razão do viver, o motivo que mantém cada individuo motivado na luta pela sobrevivência.

  Muitos assuntos religiosos são discutidos nos filmes; em PI a religião judaica e ao mesmo tempo a ausência total de crenças, o matemático Max não acredita em nada, não tem relações afetivas e nem mesmo sentimentos, portanto age como máquina abdicando as sensações para viver na pura racionalidade. O mesmo é mostrado em fonte da vida, por várias vezes os personagens abdicam os sentimentos e tentam viver na racionalidade, mas são constantemente puxados de volta para as sensações pelas personagens femininas das histórias, elas representam a emoção e os sentimentos enquanto os personagens masculinos representam a racionalidade e a consciência.

  A racionalidade é extremamente valorizada por Aronofsky, em ambos os filmes são mostradas as ciências relacionadas a matemática e as ciências médicas, em PI a matemática é o foco central da vida de Max (personagem principal) e a medicina aparece de forma secundária devido aos surtos psicóticos que o mesmo sofre. Em fonte da vida a medicina aparece com grande destaque por ter um personagem veterinário que ao mesmo tempo busca a cura do câncer para sua esposa e a matemática aparece no mesmo personagem que também é um pesquisador. A passagem do tempo é marcada de forma categórica e precisa, feita sempre por anotações pessoais dos próprios personagens, causando uma marcação de tempo baseada na vida do personagem e não do tempo real.

  É notável a semelhança entre PI e Fonte da vida quanto a forma de ver Deus como algo concreto porém desconhecido, em PI o número que corresponde ao diabo é conhecido, o 666, porém o número correspondente ao nome de Deus é uma incógnita que pode ser resolvida com cálculos matemáticos, assim como a árvore da vida em Fonte da vida. Em ambos os filmes, os personagens são incentivados a terminarem suas buscas, em PI o mestre avisa do perigo de se submeter a tal nível de racionalidade, porém dá sinais de que o matemático não deve desistir de sua busca assim como em fonte da vida os personagens masculinos do passado, do presente e do futuro são incentivados pela palavra “termine”.

  Haja visto os argumentos expostos podemos concluir que existe padrão e continuidade nos filmes de Aronofsky que além de interligá-los de forma subjetiva têm sempre um final aberto dando oportunidade ao espectador de interpretar os filmes e entendê-los como julgar correto. 




5 de abril de 2009

O ciclo.

Essa gente vive uma vida sofrida.
Mal consegue viver uma calmaria.
Quando parece que houve uma pausa no sofrimento,
Vem de novo a seca, trazendo a obrigação de buscar outra vida.



Foto de Sebastião Salgado

25 de março de 2009

O que é ideologia?
Marilena Chauí.


  Ao questionar o significado de ideologia, a idéia de senso comum a define como um conjunto sistemático e encadeado de idéias. Por ser senso comum é um conceito facilmente atacado e este é o trabalho de Marilena Chauí, destruir este falso conceito que temos sobre ideologia.

  Para isto ela exemplifica partindo de pensamentos medievais como a teoria da casualidade. Uma característica da ideologia citada pela autora, é tomar as idéias como independentes da realidade teórica e histórica, fazendo as idéias explicarem a realidade, quando na verdade a realidade é que explica as idéias; tomando esta afirmação como verdade, um ideólogo é quem inverte as relações entre o plano das idéias e o real. Portanto a autora nos leva a crer que as relações sociais podem ser vistas como um processo histórico; um modo como os homens criaram meios e formas reais para sua própria existência social, não enxergando a verdadeira forma com que suas relações sociais foram produzidas. Ao fato de ocultar a realidade, atribuímos o nome de ideologia.

  É mostrada uma idéia de ideologia a partir do pensamento de Augusto  Comte, positivista que acreditava na ideologia como sendo uma organização sistemática de todo conhecimento cientifico. Cita também a concepção de Karl Marx, defendendo a idéia de que a contradição não é a do espírito, mas sim entre os próprios homens entrado em contradições históricas e sociais, chegando a definição de luta de classes. Por fim, a mesma análise é feita com base na sociologia de Durkheim, definindo a idéia de burguesia como classe social, que através de intelectos produz  as idéias que confirmam a alienação.

   Fazendo um apanhado geral, a ideologia na verdade acaba sendo um instrumento de dominação, uma maneira de luta de classe, um meio utilizado pelos dominantes para dominar sem que os dominados percebam, fazendo que os dominados creiam que sua condição é determinada por fatores desconhecidos, os dominantes conseguem implantar idéias que pareçam realmente verdadeiras para que os homens creiam que isso não depende de ninguém, e que a realidade não é feita por ninguém.

  Marilena Chauí quebra o senso comum e nos possibilita enxergar sob o ponto de vista de filósofos a ideologia como algo muito mais complexo que um simples agrupamento de idéias, retomando todos os conceitos no final do livro,  o que possibilita a leitura, ainda que difícil até mesmo de pessoas totalmente leigas no assunto. Inevitavelmente fechamos o livro com a necessidade de questionar se a ideologia que seguimos é mesmo um conceito, valor, ou se seguimos mais um ocultamento da realidade.

  Marilena de Sousa Chauí, nascida em São Paulo, 4 de setembro de 1941. Filha do jornalista Nicolau Chauí e da professora Laura de Souza Chauí.   Formada como filósofa pela Universidade de São Paulo, hoje é escritora e associada a política pelo PT(partido dos trabalhadores).

 

 

 

 

 


21 de março de 2009


Tudo começou...

Com o convite de uma professora para que fizéssemos um blog, meu trabalho começou com a escolha do nome. Acredite, mais difícil que escrever para um blog é escolher o nome que ele vai carregar! 
Que Ás de Copas é uma carta de baralho todo mundo sabe, mas as razões da escolha você vai ler agora.

Começo dizendo que o símbolo da carta é um A em vermelho, minha inicial e minha cor favorita. São Paulina de coração a idéia de usar as cores do baralho foi tentadora por ter as cores do meu time.
Aos meus olhos a vida é um jogo. As vezes estamos ganhando, outras perdendo, algumas vezes apostando tudo, outras blefando... Mas querendo ou não, sempre jogando! E em qualquer jogo é preciso estratégia, os profissionais de comunicação devem ser no mínimo excelentes estrategistas, daqueles que sempre têm uma carta na manga!
Além disso, como todos os publicitários sou apaixonada por propaganda, fiquei fascinada com o mundo do Marketing e da Publicidade muito nova e estudar na ESPM faz minha paixão crescer a cada dia. Não há símbolo que represente isto melhor que um coração, por isso escolhi o naipe de Copas.
Pretendo seguir na criação, e o trabalho dos publicitários muito se assemelha a um jogo de baralho. Vai dizer que o briefing não é como um baralho de idéias devidamente embaralhado? Cores, símbolos, números, ideias diferentes que podem ser jogadas de várias formas, cabe ao publicitário escolher como jogar.
Muitas mágicas são feitas com baralho, nosso dever é envolver e encantar nosso público alvo assim como se estivéssemos fazendo um show de mágica.
Você já construiu um castelo de cartas? Demora, dá trabalho, geralmente fica muito bonito, mas por outro lado é extremamente frágil, assim como a construção da imagem de qualquer produto.
Não pude deixar de notar que o Ás pode ser equivalente ao número 1, número mais baixo do baralho, e quem me conhece sabe, minha altura é aproximadamente 1 metro e meio.
Mas só pra constar... em certos jogos o Ás pode ser a carta mais forte, e o naipe de Copas, o mais importante.


Estou só começando, por isso volte sempre!